sábado, 17 de maio de 2025

🔍 E-Research: Um Novo Paradigma para a Investigação Científica em Contextos Digitai

🔍 E-Research: Um Novo Paradigma para a Investigação Científica em Contextos Digitais



Unidade Curricular: 12089_24_01 – Metodologia de Investigação em Contextos Online
Autora: Maria Sousa Videira · Turnitin ID: 2616060164


📘 Introdução

Vivemos uma era em que a investigação científica está a ser profundamente reformulada pelas tecnologias digitais. Neste contexto, o conceito de E-Research representa muito mais do que a simples transição para plataformas online — constitui uma mudança de paradigma, que transforma a forma como recolhemos, analisamos e partilhamos conhecimento.

📚 O que é afinal o E-Research?

Segundo Anderson e Kanuka (2003), “o E-Research integra métodos digitais e implica transformações epistemológicas e éticas profundas na forma de fazer ciência.”

A investigação digital não se limita ao uso de ferramentas tecnológicas, mas propõe uma nova forma de pensar a ciência — mais aberta, colaborativa, interdisciplinar e crítica.

🌐 Princípios Fundamentais da Investigação Digital

  • 💡 Virtualização: adaptação metodológica à natureza dos ambientes online (Zawacki-Richter & Anderson, 2014);
  • 📖 Ciência Aberta: partilha de dados, transparência e acesso livre (Jhangiani & Biswas-Diener, 2017);
  • 🧠 Novas metodologias: big data, etnografia digital, análise de redes sociais, IA (Morgado & Costa, 2018);
  • 🔒 Ética Digital: anonimato, consentimento informado digital e proteção de dados (Pereira et al., 2021);
  • 📊 Validade e fiabilidade: triangulação, verificação de fontes e replicabilidade (Creswell & Creswell, 2018).

📌 Exemplos Práticos e Aplicações

O E-Research é aplicado com sucesso em áreas como:

  • 👥 Ciências Sociais e Educação: estudo de fóruns, MOOCs, ambientes virtuais;
  • 💻 Humanidades Digitais: análise computacional de textos e arquivos históricos;
  • 🧬 Ciências da Saúde: análise em tempo real de dados epidemiológicos e estudos colaborativos globais.

🧭 O Meu Olhar Crítico

Ao explorar o E-Research, fiquei particularmente sensibilizada para o equilíbrio necessário entre inovação tecnológica e responsabilidade ética. A tecnologia oferece oportunidades extraordinárias, mas levanta questões delicadas: Como garantir a privacidade dos participantes? Estaremos preparados para interpretar dados gerados por algoritmos?

Acredito que a alfabetização digital dos investigadores deve ser uma prioridade. E que o E-Research deve ser entendido não como substituição de práticas antigas, mas como um reconfigurar crítico da investigação científica, com foco na integridade e na inclusão.

🎯 Conclusão

O E-Research é, hoje, uma ferramenta poderosa, mas também uma responsabilidade científica e ética. Ao longo deste trabalho, compreendi que investigar no digital implica mais do que saber usar tecnologia: exige consciência, cuidado e rigor. E é este compromisso que pretendo levar para a minha prática enquanto investigadora em educação.


📖 Referências Bibliográficas

  • Anderson, T., & Kanuka, H. (2003). E-Research: Methods, Strategies, and Issues. Pearson Education.
  • Coutinho, C. P. (2018). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Almedina.
  • Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2018). Research Design (5.ª ed.). SAGE.
  • Jhangiani, R. S., & Biswas-Diener, R. (2017). Open. Ubiquity Press.
  • Morgado, L., & Costa, A. (2018). Tendências em Educação a Distância. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação.
  • Pereira, A., et al. (2021). Observação e Design-Based-Research em contextos online.
  • Weller, M. (2020). 25 Years of Ed Tech. AUP.
  • Zawacki-Richter, O., & Anderson, T. (2014). Online Distance Education. AUP.

Etiquetas: MPeL_Metodologia de Investigação, E-Research, Investigação Digital, Ética em Educação, Ciência Aberta