quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Video III- "Education 4.0 | Jisc | Transforming the Future of Education"

Video 3 



Análise Crítica: Educação 4.0 – Vídeo 3 e Contributos da Colega Eliana Magalhães-Após análise do vídeo “Education 4.0 | Jisc | Transforming the Future of Education” e das considerações apresentadas pela colega Eliana Magalhães, deixo aqui o meu contributo crítico, procurando ampliar a reflexão sobre o tema.

Reflexão sobre o Vídeo
O vídeo aborda de forma clara e visualmente apelativa como as tecnologias emergentes, incluindo Inteligência Artificial (IA), Realidade Virtual (RV) e análise de dados, podem transformar a educação, propondo o conceito de Educação 4.0 como uma solução para as novas exigências do mundo contemporâneo. Este enfoque é relevante, pois evidencia o potencial das tecnologias em criar ambientes de aprendizagem mais personalizados e centrados no aluno, alinhando-se à necessidade de preparar as futuras gerações para um mundo cada vez mais digital.

Contudo, o discurso otimista apresentado pela Jisc não contempla, de forma suficiente, os desafios associados à implementação dessas tecnologias. Como bem referiu a colega Eliana Magalhães, é essencial considerar as limitações práticas e éticas, sobretudo no que diz respeito à desigualdade de acesso, à formação de docentes e aos riscos inerentes à dependência tecnológica.

Contributos da Colega Eliana Magalhães - 
A colega Eliana destacou pontos importantes sobre o vídeo, nomeadamente:

A relevância da integração tecnológica na potencialização da aprendizagem e na criação de ambientes mais interativos e colaborativos.
O impacto ético e de privacidade, salientando a necessidade de uma gestão responsável dos dados no contexto educacional.
Estes aspetos, embora fundamentais, podem ser ainda mais desenvolvidos à luz de algumas questões críticas:


1. Desigualdade de Acesso às Tecnologias

A visão apresentada no vídeo assume implicitamente que todas as instituições de ensino têm a capacidade de implementar soluções tecnológicas avançadas. No entanto, em muitos contextos, as disparidades no acesso à tecnologia são evidentes, tanto entre países como dentro de um mesmo território. O vídeo poderia explorar de que forma iniciativas como as da Jisc poderiam apoiar instituições em situações de carência tecnológica, promovendo uma verdadeira inclusão digital.



Imagem gerada por IA




2.Formação e Adaptação de Docentes

Embora o vídeo exalte os benefícios da Educação 4.0, não aborda de forma suficiente os desafios que os educadores enfrentam ao adaptar-se a estas mudanças. Como Eliana mencionou, a transição tecnológica requer uma formação contínua, o que implica não apenas competências técnicas, mas também uma reconfiguração das práticas pedagógicas. Este processo é complexo e exige apoio institucional, bem como tempo e recursos que nem sempre estão disponíveis.

 
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3. Riscos de Desumanização do Ensino


A colega Eliana abordou a importância da ética e da privacidade no uso de dados, o que é crucial. No entanto, outro risco associado à aplicação de tecnologias avançadas na educação é a possibilidade de desumanização do ensino. Ao depender excessivamente de ferramentas como IA e análise de dados, corre-se o risco de subestimar o papel do professor enquanto mediador humano e da aprendizagem enquanto processo social e emocional.



4. Sustentabilidade das Soluções Tecnológicas

Para além dos aspetos técnicos e éticos, é relevante questionar a sustentabilidade a longo prazo das soluções propostas. A rápida evolução das tecnologias implica constantes atualizações e investimentos, o que pode ser um entrave para muitas instituições. Este ponto poderia ser aprofundado para oferecer uma visão mais equilibrada sobre os benefícios e desafios da Educação 4.0.




Considerações Finais

Concordo com a visão otimista apresentada no vídeo e reforçada pela colega Eliana Magalhães sobre o potencial transformador da Educação 4.0. No entanto, é imprescindível adotar uma abordagem mais crítica e equilibrada, considerando os desafios estruturais, sociais e éticos que acompanham estas inovações.



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@tividade 2-CIBERCULTURA

"No dilúvio informativo que ameaça fazer desaparecer a sociedade contemporânea, estará reservada à responsabilidade individual, nascida da nossa liberdade enquanto cidadãos, o papel da nova Arca de Noé? Será que a responsabilidade individual ou a grupal possibilitarão a filtragem preservadora daquilo que constitui o património cultural essencial da sociedade humana?
A atividade que vos propomos é a de analisarem o texto referenciado de Pierre Lévy [Cibercultura, originalmente publicado em 1997, e, entre 14 e 17 de novembro, apresentarem nos vossos blogs individuais um comentário sobre a noção de cibercultura, tal como defendida por Lévy e interpretada por vocês à luz da evolução dos últimos 25 anos, que inclua a indicação de três exemplos significativos. Deverão indicar no fórum de apoio abaixo, especialmente criado para este tema, os links para os vossos blog posts."



CIBERCULTURA-

Pierre Lévy, na sua obra Cibercultura (1997), apresenta uma visão inovadora sobre os impactos das tecnologias digitais na sociedade, propondo que a cibercultura é o resultado da convergência entre as tecnologias da informação e as práticas culturais emergentes. Para Lévy, esta nova cultura caracteriza-se pela interconexão, inteligência coletiva e virtualização, que transformam profundamente a forma como as pessoas comunicam, aprendem e produzem conhecimento.

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Noção de Cibercultura e sua Relevância Atual


A noção de cibercultura defendida por Lévy enfatiza a ideia de uma sociedade interconectada, onde as tecnologias digitais promovem uma inteligência coletiva. Esta inteligência não reside apenas nos indivíduos, mas na partilha de conhecimentos que acontece de forma dinâmica e colaborativa em rede. Para Lévy, a virtualização não implica uma alienação, mas sim a transformação de processos e estruturas físicas em sistemas simbólicos e interativos.

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Passados 25 anos, a visão de Lévy permanece surpreendentemente atual, especialmente à luz de três fenómenos significativos:





Redes Sociais e o Impacto na Comunicação


As redes sociais, como Facebook, Twitter (agora X) e Instagram, são exemplos claros da concretização da interconexão e da inteligência coletiva. Estas plataformas possibilitam a partilha instantânea de ideias e conhecimentos, mas também revelam desafios não previstos, como a polarização e a propagação de desinformação, questões que complicam a utopia de uma inteligência coletiva plenamente positiva.


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Aprendizagem Online e o e-Learning
O e-Learning reflete uma aplicação prática da virtualização e da interconexão na educação. Ferramentas como Moodle, Khan Academy ou Coursera permitem a milhões de pessoas aceder ao conhecimento de forma flexível e democrática. Esta transformação foi especialmente visível durante a pandemia de COVID-19, que acelerou a adoção de modelos híbridos e digitais de ensino.




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