segunda-feira, 7 de abril de 2025

Seleção de Ambientes e Plataformas Digitais para Ecossistemas Híbridos de Aprendizagem: Uma Reflexão Crítica Integrada

🌐 Ecossistemas Híbridos de Aprendizagem



Imagem gerada por Inteligência Artificial

📌 Introdução ao Contributo

Esta reflexão surge no âmbito da unidade curricular dedicada à integração de ambientes e plataformas digitais na construção de ecossistemas híbridos de aprendizagem. O contributo procura responder criticamente à questão orientadora proposta pelo docente, integrando tanto a minha perspetiva pessoal como fundamentos teóricos relevantes.

A análise articula critérios pedagógicos, técnicos e éticos para a seleção de ferramentas digitais, com base nas leituras de Moreira & Horta (2020) e no relatório Innovating Pedagogy 2024 da Open University. Este exercício integra o meu portefólio profissional e promove o debate académico na sala de aula virtual.

💬 Reflexão Crítica

Caro Professor, estimadas colegas,

A proposta de reflexão desafia-nos a pensar criticamente sobre os critérios que orientam a escolha dos ambientes e plataformas digitais nos ecossistemas híbridos. Esta escolha vai além da dimensão tecnológica e exige uma abordagem holística, ancorada em princípios pedagógicos, robustez técnica e responsabilidade ética.

Conforme defende Moran (2015), a tecnologia deve servir os fins pedagógicos e não os condicionar. Escolher plataformas que potenciem metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos ou o blended learning, é essencial para personalizar a aprendizagem e promover a autonomia dos estudantes (Silva & Barbosa, 2020).

Moreira e Horta (2020) reforçam que a inovação nos ambientes híbridos deve envolver toda a comunidade educativa, promovendo uma reengenharia profunda dos processos de ensino e aprendizagem. O Future Classroom Lab é um bom exemplo de espaço flexível que inspira ambientes digitais igualmente adaptáveis.

A Open University (2024) introduz as pedagogias especulativas como ferramenta para desenhar futuros educativos mais inclusivos, onde os aprendentes, sobretudo os marginalizados, participam ativamente como co-criadores dos seus percursos.

🛠️ Robustez Técnica

A eficácia de um ecossistema digital depende também da sua robustez técnica. As plataformas devem ser interoperáveis, intuitivas e integráveis com diversos recursos, como defendem Moreira & Horta (2020). Além disso, tecnologias imersivas (XR) e manuais inteligentes permitem experiências personalizadas e envolventes.

⚖️ Responsabilidade Ética

A ética na escolha das plataformas digitais é inegociável. Segundo Jhangiani e Biswas-Diener (2017), a educação aberta e inclusiva deve garantir a equidade no acesso e proteger a privacidade dos utilizadores.

O relatório da Open University (2024) alerta para os desafios da inteligência artificial generativa (GenAI), que deve ser analisada criticamente no desenho dos ecossistemas educativos. A reflexão ética, aliada à compaixão e às pedagogias de paz, deve orientar estas decisões.

🧩 Conclusão

Criar ecossistemas híbridos eficazes exige articulação entre intencionalidade pedagógica, infraestrutura técnica e ética inclusiva. Como afirmam Garrison & Anderson (2003), a tecnologia deve ser mediadora do processo educativo, e não o seu fim.

Envolver todos os atores educativos nesse processo assegura ambientes que não apenas respondem às exigências contemporâneas, como preparam aprendentes para um futuro digital ético, criativo e crítico.


📝 Nota final: Este contributo faz parte do portefólio académico do Mestrado em Educação – especialização em Pedagogia do eLearning. A reflexão responde a uma proposta de fórum na unidade curricular Ambientes e Plataformas Digitais, combinando fundamentação teórica, crítica pessoal e atualização sobre as tendências emergentes na educação digital.

📚 Referências

  • Garrison, D. R., & Anderson, T. (2003). E-learning in the 21st century. Routledge.
  • Jhangiani, R. S., & Biswas-Diener, R. (2017). Open: The philosophy and practices... https://doi.org/10.5334/bbc
  • Moran, J. M. (2015). A educação que desejamos. Papirus.
  • Moreira, J. A., & Horta, M. J. (2020). Educação e Ambientes Híbridos de Aprendizagem.
  • Open University. (2024). Innovating Pedagogy 2024. https://www.open.ac.uk/innovating
  • Silva, E. C., & Barbosa, R. F. (2020). Ambientes virtuais e personalização da aprendizagem. Revista e-Curriculum.

Maria de Sousa Videira