domingo, 20 de abril de 2025

Ética, Agilidade e Responsabilidade na Investigação Educacional Digital: contributos para uma prática situada e consciente em contextos online

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Imagem criada por IA com inspiração em ambientes de investigação digital

🧭 Ética, Agilidade e Responsabilidade na Investigação Educacional Digital

Contributos para uma prática situada e consciente em contextos online

✍️ Por Maria de Sousa Videira

📌 Palavras-chave: Ética na investigação online · Metodologias ágeis em e-learning · Responsabilidade ampliada


🔄 Metodologias Ágeis: entre flexibilidade e compromisso ético

A intervenção da colega Eliana destacou que ser “ágil” não significa apressar ou simplificar processos, mas sim atuar com flexibilidade, consciência crítica e adaptação contínua.

O modelo Own it, Learn it, Share it de Lee & Hannafin (2016) é exemplar nesse sentido, promovendo uma abordagem em que o estudante é o centro do processo e os instrumentos se adaptam à realidade contextual.

💡 Nota: Em ambientes digitais de investigação, a agilidade é uma necessidade ética face à diversidade e instabilidade das interações online.

🌍 O Modelo CEP/CONEP e o caso português

O sistema CEP/CONEP do Brasil, conforme referiram Andréa e Magna, mostra como uma estrutura centralizada pode assegurar coerência, transparência e proteção dos participantes na investigação.

Em Portugal, a inexistência de um organismo nacional de avaliação ética nas Ciências Sociais leva a critérios divergentes e assimetrias institucionais, comprometendo a equidade na prática investigativa.

🧠 Ética da Responsabilidade Ampliada

Inspirada em Joan Tronto (1993), esta perspetiva ética propõe uma atuação fundamentada no cuidado, repartida por quatro dimensões:

  • Atenção — estar vigilante quanto às necessidades dos participantes
  • Responsabilidade — agir com consciência do impacto ético
  • Competência — garantir qualidade e rigor científico
  • Capacidade de resposta — adaptar práticas a novos contextos e desafios

Este modelo alarga o campo ético para incluir também plataformas, algoritmos, dados e linguagem.

✨ Considerações Finais

Este fórum ilustrou de forma clara que:

  • A investigação digital requer ética situada
  • As metodologias devem ser ágeis e responsivas
  • É necessário um compromisso coletivo com o rigor, a inclusão e o cuidado

📚 Referências

  • Beck, K., et al. (2001). Manifesto for Agile Software Development. agilemanifesto.org
  • Creswell, J. W. (2014). Research Design: Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods Approaches (4.ª ed.). SAGE.
  • Gonçalves, J., & Ferreira, M. (2023). Uma cartografia das Comissões de Ética.... Revista Práxis Educativa, 18, 1–24.
  • Lee, E., & Hannafin, M. (2016). A design framework for engagement in student-centered learning. ETR&D, 64(4).
  • Siemens, G. (2005). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. itdl.org
  • Tronto, J. C. (1993). Moral Boundaries: A Political Argument for an Ethic of Care. Routledge.
  • UNESCO. (2021). Recommendation on the Ethics of Artificial Intelligence. unesco.org
  • Vygotsky, L. S. (1978). Mind in Society. Harvard University Press.

📩 Com estima académica,
Maria de Sousa Videira

Reflexão Partilhada com as Colegas – Metodologia de Investigação em Contextos Online

🌐 Ética, Agilidade e Responsabilidade: caminhos para uma investigação educacional consciente

Imagem IA Ética Digital

🖼️ Imagem criada por IA

✍️ Por Maria de Sousa Videira


🙏 Agradecimento inicial

Caras colegas, agradeço profundamente todas as partilhas neste fórum. Cada contributo tem enriquecido não apenas o debate académico, mas também este espaço enquanto comunidade ética e reflexiva de aprendizagem colaborativa.

🔄 Metodologias Ágeis: flexibilidade com consciência crítica

A Eliana destacou que ser “ágil” não significa pressa, mas adaptação contínua. O modelo Own it, Learn it, Share it (Lee & Hannafin, 2016) reforça o papel ativo do sujeito e a construção de uma aprendizagem autêntica, contextualizada e ética.

💡 Nota: Em ambientes digitais de investigação, ajustar categorias, reformular perguntas e rever estratégias são ações que devem emergir do compromisso ético com o campo e os participantes.

🌍 CEP/CONEP: uma referência ética relevante

O sistema CEP/CONEP do Brasil, mencionado por Andréa e Magna, estabelece critérios obrigatórios e padronizados para a avaliação ética de investigações com seres humanos (Resolução nº 510/2016).

  • ✅ Avaliação ética obrigatória para todos os projetos;
  • ✅ Supervisão centralizada e coerente.

🔎 Em Portugal, a ausência de um sistema nacional centralizado cria desigualdades na proteção dos participantes e variações nos critérios institucionais (Gonçalves & Ferreira, 2023).

🧠 Ética da Responsabilidade Ampliada

Com base em Joan Tronto (1993), esta abordagem defende uma ética distribuída e relacional, que ultrapassa o cumprimento técnico de normas.

  • 🔐 Segurança e privacidade dos dados;
  • 💡 Transparência na tecnologia utilizada (algoritmos e plataformas);
  • 📊 Reflexão sobre consequências sociais e interpretativas;
  • 🧩 Consideração das interações humanas e tecnológicas.

🌱 Considerações finais: ética como coaprendizagem

Esta experiência tem revelado que a ética:

  • 🚫 Não se limita a regulamentos;
  • 🌟 Dignifica a investigação e os seus resultados;
  • 🤝 Valoriza os sujeitos envolvidos na construção do conhecimento.

📩 Com estima académica e profissional,
Maria de Sousa Videira


🧭 Mapa Mental

Representação gráfica das ideias-chave em imagem (ver publicação):

  • • Ética da Responsabilidade Ampliada
  • • Metodologias Ágeis
  • • Sistema CEP/CONEP
  • • Contrastes com o contexto português

domingo, 13 de abril de 2025

Bem-vindo ao Meu Jardim Digital

Imagem de capa - Jardim Digital

🌼 Imagem criada com recurso a IA

🌿 Bem-vindos ao Meu Jardim Digital

Este é o espaço onde cultivo a minha jornada no Mestrado em Pedagogia do E-learning. Aqui, partilho reflexões críticas, projetos desenvolvidos e aprendizagens significativas que constroem o meu percurso como investigadora e futura profissional da educação digital.

“A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo.”
— Nelson Mandela.

📘 Aceder ao Portfólio de Mestrado

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Diário de Bordo — Tema 2: A Avaliação na Educação Online

🎓 Avaliação na Educação Online

Reflexões desenvolvidas por Maria de Sousa Videira · UC Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Neste segundo tema da unidade curricular, dedicado à Avaliação na Educação Online, aprofundei conceitos e práticas avaliativas que respondem aos desafios do ensino digital contemporâneo, destacando a importância da autenticidade, da colaboração e da continuidade no processo avaliativo.

📘 Estratégias Autênticas e Envolvimento Ativo

A leitura crítica do livro Assessment Strategies for Online Learning: Engagement and Authenticity (Conrad & Openo, 2018) evidenciou que a avaliação online deve priorizar a autenticidade das tarefas, promovendo experiências que mobilizem conhecimentos e competências relevantes para o mundo real.

🔁 Avaliação Formativa e Contínua

A avaliação formativa foi destacada como elemento essencial para sustentar a autonomia e a autorregulação dos estudantes. O feedback construtivo, a autoavaliação e o acompanhamento contínuo tornam-se instrumentos-chave de um percurso formativo reflexivo e significativo.

🧰 Ferramentas Digitais e Equidade

A diversidade de ferramentas digitais — como portfólios eletrónicos, rubricas claras e plataformas colaborativas — contribui para processos avaliativos mais justos, transparentes e participativos.

🤝 Colaboração e Conhecimento Partilhado

A partilha de perspetivas, a análise coletiva dos capítulos e a criação de infográficos em grupo demonstraram que a aprendizagem é um processo profundamente social. A colaboração fomentou pensamento crítico, criatividade e envolvimento genuíno com os temas propostos.

Imagem IA - Avaliação Digital

📷 Imagem gerada por IA – Infografia sobre avaliação online

📌 Conclusão

Esta atividade permitiu consolidar a visão da avaliação como elemento dinâmico, dialógico e promotor de autonomia. A construção colaborativa de um Recurso Educacional Aberto, em formato de infográfico, foi simultaneamente um desafio prático e um exercício de reflexão académica aprofundada.

Com consideração académica,
Maria Isilia Pereira de Sousa Videira

📌 Tema 2 – Ambientes Pessoais de Aprendizagem (PLE – Personal Learning Environments)

📌 Tema 2 – Ambientes Pessoais de Aprendizagem (PLE – Personal Learning Environments)

Período: 7 de abril a 9 de maio de 2025

Resumo académico:

O segundo tema da unidade curricular centra-se na exploração dos Ambientes Pessoais de Aprendizagem (PLEs), entendidos como estruturas organizadas e personalizadas pelos próprios aprendentes para gerir, construir e partilhar conhecimento em rede.

Os PLEs representam uma mudança paradigmática na relação entre o sujeito e o saber, permitindo a apropriação crítica de tecnologias digitais para fins formativos. Esta abordagem integra, de forma ativa e reflexiva, ferramentas, fontes, estratégias e redes pessoais que potenciam a aprendizagem autónoma, contínua e colaborativa ao longo da vida.

Ao longo deste tema, o estudante será convidado a analisar o conceito de PLE, refletir sobre a sua relevância pedagógica e construir a sua própria representação visual e conceptual do seu espaço pessoal de aprendizagem.

🧩 Conteúdos em Foco

  • 1. O conceito de PLE: definição, evolução, abordagens pedagógicas e relevância na sociedade em rede;
  • 2. Desenvolvimento e utilização do PLE: ferramentas, práticas e estratégias de aprendizagem personalizada;
  • 3. Representações visuais: construção de infografias digitais com recurso ao Canva;
  • 4. Partilha e debate em rede: interação e comentários no Fórum do Tema 2.

📝 Atividades a realizar

Prazo: até 4 de maio de 2025, às 23h55 (prazo alargado)

  • 1. Reflexão escrita (máx. 3 páginas) sobre as questões do Tema 2 (com nome e nº de estudante);
  • 2. Criação da Infografia PLE no Canva (com nome e nº de estudante);
  • 3. Partilha da Infografia no Fórum Tema 2 para debate colaborativo com os colegas.

📊 Critérios de Avaliação (total: 6,5 valores)

  • Reflexão Individual: 3,5 valores – clareza, profundidade, articulação teórica e pensamento crítico;
  • Infografia e Partilha: 3 valores – síntese visual e textual, criatividade, clareza e partilha ativa.

A nota final será atribuída numa escala de 0 a 20 valores, tendo por base o somatório dos critérios acima indicados.

Ícone Fórum Tema 2

"Water droplets suspended on a spider web" – Joshua Tree National Park, CC PDM 1.



REFLEXÃO E INFOGRAFIA

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Seleção de Ambientes e Plataformas Digitais para Ecossistemas Híbridos de Aprendizagem: Uma Reflexão Crítica Integrada

🌐 Ecossistemas Híbridos de Aprendizagem



Imagem gerada por Inteligência Artificial

📌 Introdução ao Contributo

Esta reflexão surge no âmbito da unidade curricular dedicada à integração de ambientes e plataformas digitais na construção de ecossistemas híbridos de aprendizagem. O contributo procura responder criticamente à questão orientadora proposta pelo docente, integrando tanto a minha perspetiva pessoal como fundamentos teóricos relevantes.

A análise articula critérios pedagógicos, técnicos e éticos para a seleção de ferramentas digitais, com base nas leituras de Moreira & Horta (2020) e no relatório Innovating Pedagogy 2024 da Open University. Este exercício integra o meu portefólio profissional e promove o debate académico na sala de aula virtual.

💬 Reflexão Crítica

Caro Professor, estimadas colegas,

A proposta de reflexão desafia-nos a pensar criticamente sobre os critérios que orientam a escolha dos ambientes e plataformas digitais nos ecossistemas híbridos. Esta escolha vai além da dimensão tecnológica e exige uma abordagem holística, ancorada em princípios pedagógicos, robustez técnica e responsabilidade ética.

Conforme defende Moran (2015), a tecnologia deve servir os fins pedagógicos e não os condicionar. Escolher plataformas que potenciem metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos ou o blended learning, é essencial para personalizar a aprendizagem e promover a autonomia dos estudantes (Silva & Barbosa, 2020).

Moreira e Horta (2020) reforçam que a inovação nos ambientes híbridos deve envolver toda a comunidade educativa, promovendo uma reengenharia profunda dos processos de ensino e aprendizagem. O Future Classroom Lab é um bom exemplo de espaço flexível que inspira ambientes digitais igualmente adaptáveis.

A Open University (2024) introduz as pedagogias especulativas como ferramenta para desenhar futuros educativos mais inclusivos, onde os aprendentes, sobretudo os marginalizados, participam ativamente como co-criadores dos seus percursos.

🛠️ Robustez Técnica

A eficácia de um ecossistema digital depende também da sua robustez técnica. As plataformas devem ser interoperáveis, intuitivas e integráveis com diversos recursos, como defendem Moreira & Horta (2020). Além disso, tecnologias imersivas (XR) e manuais inteligentes permitem experiências personalizadas e envolventes.

⚖️ Responsabilidade Ética

A ética na escolha das plataformas digitais é inegociável. Segundo Jhangiani e Biswas-Diener (2017), a educação aberta e inclusiva deve garantir a equidade no acesso e proteger a privacidade dos utilizadores.

O relatório da Open University (2024) alerta para os desafios da inteligência artificial generativa (GenAI), que deve ser analisada criticamente no desenho dos ecossistemas educativos. A reflexão ética, aliada à compaixão e às pedagogias de paz, deve orientar estas decisões.

🧩 Conclusão

Criar ecossistemas híbridos eficazes exige articulação entre intencionalidade pedagógica, infraestrutura técnica e ética inclusiva. Como afirmam Garrison & Anderson (2003), a tecnologia deve ser mediadora do processo educativo, e não o seu fim.

Envolver todos os atores educativos nesse processo assegura ambientes que não apenas respondem às exigências contemporâneas, como preparam aprendentes para um futuro digital ético, criativo e crítico.


📝 Nota final: Este contributo faz parte do portefólio académico do Mestrado em Educação – especialização em Pedagogia do eLearning. A reflexão responde a uma proposta de fórum na unidade curricular Ambientes e Plataformas Digitais, combinando fundamentação teórica, crítica pessoal e atualização sobre as tendências emergentes na educação digital.

📚 Referências

  • Garrison, D. R., & Anderson, T. (2003). E-learning in the 21st century. Routledge.
  • Jhangiani, R. S., & Biswas-Diener, R. (2017). Open: The philosophy and practices... https://doi.org/10.5334/bbc
  • Moran, J. M. (2015). A educação que desejamos. Papirus.
  • Moreira, J. A., & Horta, M. J. (2020). Educação e Ambientes Híbridos de Aprendizagem.
  • Open University. (2024). Innovating Pedagogy 2024. https://www.open.ac.uk/innovating
  • Silva, E. C., & Barbosa, R. F. (2020). Ambientes virtuais e personalização da aprendizagem. Revista e-Curriculum.

Maria de Sousa Videira