segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Atividade 1- Módulo I. Contextualização dos Cursos de EFA

Avaliação de Conhecimentos — Tema 1

Módulo I. Contextualização dos Cursos de EFA

Enunciado.

Apesar dos progressos realizados, a realidade nacional e os ritmos de evolução em matéria de qualificações continuam muito longe dos níveis dos países mais desenvolvidos, não assegurando ao país as condições necessárias ao seu desenvolvimento, no contexto de uma economia global cada vez mais baseada no conhecimento.

Tornou-se, pois, essencial encontrar soluções inovadoras no plano dos objetivos, nos modos de organização e nos meios utilizados, para superar as dificuldades e conseguir aumentar rápida e sustentadamente as competências dos portugueses e os seus níveis de qualificação.

Com base nos objetivos que constam no Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) fundamente a sua opinião.

Resposta — Pergunta 1

Apesar de Portugal ter dado passos importantes na qualificação da sua população, continuamos com um atraso estrutural em relação a outros países europeus. Este défice não é apenas um número nas estatísticas — significa menos oportunidades para as pessoas, menor competitividade para as empresas e mais dificuldade em acompanhar as exigências de um mundo onde o conhecimento e a inovação ditam o ritmo.

O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) foi criado precisamente para mudar este cenário. É uma estrutura que junta diferentes entidades, ferramentas e modalidades de formação com um objetivo claro: aumentar o nível de escolaridade e qualificação dos portugueses, de forma coerente e alinhada com o Quadro Europeu de Qualificações.

O SNQ aposta em soluções concretas e práticas, como:

  • Dupla certificação, para que as pessoas saiam dos percursos formativos com um diploma escolar e uma certificação profissional;
  • Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), que valoriza tudo o que já se aprendeu ao longo da vida, mesmo fora da escola;
  • Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), sempre atualizado para corresponder ao que o mercado de trabalho realmente precisa;
  • Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que organiza os níveis de qualificação e garante que têm valor e reconhecimento em toda a Europa;
  • Ferramentas como o Passaporte Qualifica e o Sistema Nacional de Créditos, que dão flexibilidade e permitem avançar na aprendizagem de forma mais adaptada a cada pessoa.

Estas medidas não ficam no papel: contam com o trabalho articulado de várias entidades, como a ANQEP, os Centros Qualifica, a DGERT e o IEFP, para garantir que tudo funciona na prática.

No fundo, o SNQ não é só uma estratégia educativa — é um compromisso com o futuro. É criar condições para que mais portugueses tenham qualificações relevantes, que lhes abram portas no mercado de trabalho, melhorem a sua vida e, ao mesmo tempo, fortaleçam o desenvolvimento económico e social do país.

Assim, considero que os objetivos do SNQ são não só adequados como indispensáveis, pois respondem de forma estruturada e integrada às fragilidades do país em matéria de qualificações, aproximando-nos dos padrões europeus e preparando-nos para os desafios de uma economia baseada no conhecimento.

Conclusão.

Em síntese, o SNQ é o instrumento certo para recuperar o atraso qualificacional do país. Ao articular dupla certificação, RVCC, CNQ e QNQ, orienta a oferta para necessidades reais e cria percursos flexíveis e cumulativos. Persistem desafios — atualização ágil do CNQ, cobertura dos Centros Qualifica e monitorização de resultados — mas o enquadramento é adequado e necessário para uma economia assente no conhecimento e para melhores trajetórias de vida.

terça-feira, 24 de junho de 2025

📝 Reflexão Final – UC Avaliação em Contextos de eLearning- Tema 4 Final

📘 Reflexão Final - Unidade Curricular “Avaliação em Contextos de eLearning”

Maria Sousa Videira · Mestrado em Pedagogia do eLearning – Universidade Aberta. REFLEXÃO EM PDF

Atividade 4

🟦 Introdução

O que fiz na unidade curricular de «Avaliação em Contextos de eLearning» foi reunir reflexões críticas que me permitiram interagir de forma teórico-prática sobre dimensões fundamentais da avaliação digital. Trabalhei quatro temas centrais: mudança de paradigma, autenticidade da avaliação online, desafios éticos da Inteligência Artificial, e concepção de planos avaliativos sustentáveis. A participação exigiu investigação rigorosa e atitude inovadora, articulando teoria, prática e colaboração com colegas.

📘 Atividade 1 – Caminhos de mudança na avaliação pedagógica

A análise crítica dos textos de Pinto (2016) e Boud (2020) mostrou que a avaliação tradicional exige revisão profunda em prol de abordagens formativas, éticas e dialógicas. A discussão no fórum foi espaço de partilha construtiva e a redação colaborativa revelou-se um exercício essencial de síntese e posicionamento académico.

📙 Atividade 2 – Avaliação online e autenticidade

Trabalhei em grupo a autenticidade na avaliação, com base no capítulo 9 de Conrad e Openo (2018). Criámos um infográfico com ideias-chave, promovendo a colaboração e o uso intencional de ferramentas digitais. A experiência confirmou que a avaliação pode ser envolvente, significativa e transformadora.

📗 Atividade 3 – Avaliação e Inteligência Artificial

Desenvolvi um ensaio académico coautorado com o ChatGPT, com base em Felix & Webb (2024), Swiecki et al. (2022) e Boud & Soler (2015). A IA foi usada com intencionalidade pedagógica e sentido ético. O fórum de discussão revelou diferentes perspetivas e confirmou o potencial crítico da IA quando usada com responsabilidade.

📒 Atividade 4 – Desenho de um plano de avaliação online

Em grupo, concebi um plano de avaliação para um curso online, aplicando os modelos PrACT e ADDF. Foram definidos objetivos, critérios e instrumentos de forma coerente com os princípios de sustentabilidade, equidade e diversidade. O feedback entre pares foi crucial na melhoria contínua do trabalho.



🤝 Avaliação por Pares – Atividade de Grupo (Tema 4)

No âmbito da atividade de grupo do Tema 4, o nosso Grupo J desenvolveu o plano de avaliação “Partilhar Saberes com IA”, concebido para um público sénior e fundamentado no Modelo PrACT (Amante et al., 2017). O plano foi publicado no fórum da UC e incluiu fundamentação teórica, matriz de avaliação, rubricas e estratégias de feedback.

Recebemos comentários críticos e construtivos de vários colegas (Grupos C, B, D e G), que valorizaram a adaptação pedagógica ao público-alvo, o uso do feedback multimodal, a proposta de um e-book coletivo e a intencionalidade inclusiva do plano. As sugestões de melhoria incidiram na explicitação da negociação dos critérios de avaliação e no reforço das referências teóricas no plano.

O nosso grupo respondeu de forma reflexiva e fundamentada a cada comentário, evidenciando diálogo académico e compromisso com a melhoria contínua. Este processo demonstrou o valor da coavaliação em contexto digital e o papel formativo da interação entre pares.

Esta experiência foi profundamente enriquecedora e alinhada com os princípios da avaliação participativa, responsiva e ética que a UC promove.

🔍 Pontos Fortes, Aprendizagens e Melhorias

Reforcei a ideia de que a avaliação é um processo dialogante, formativo e ético. Cresci na análise crítica dos instrumentos avaliativos e no uso consciente da tecnologia. Uma área de melhoria é a aplicação mais sistemática e contextualizada dos modelos estudados. Pretendo continuar a explorar formas de avaliação autêntica e participativa.

📈 Autoavaliação

A minha participação foi marcada pelo compromisso, pensamento crítico e envolvimento ativo. Colaborei nos fóruns, cumpri prazos e estive disponível para apoiar colegas. A produção do ensaio académico com IA e o trabalho de grupo com o plano de avaliação permitiram consolidar aprendizagens relevantes. Esta UC teve um impacto notável no meu crescimento académico e profissional.

🟩 Conclusão

Esta unidade curricular foi um espaço de reorientação profunda. Reforcei a convicção de que a avaliação deve ser sensível, intencional e centrada no desenvolvimento do estudante. Levo comigo ferramentas operacionais e críticas para desenhar modelos justos e sustentáveis. O trabalho no Blogger exigiu dedicação, mas revelou-se uma ferramenta valiosa de organização e visibilidade académica. Saio mais preparada para uma prática pedagógica digital, ética e transformadora.

Maria Sousa Videira
Mestrado em Pedagogia do eLearning – Universidade Aberta

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