sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Video 5 -Comentário: Síntese da Atividade Colaborativa (Vídeo V)

Atividade 5 – Comentário: Síntese da Atividade Colaborativa (Vídeo V)

Recensão Crítica: "AI and the Future of Education"

Informações Gerais

  • Autor: Aldo Montesano
  • Data de Publicação: 29 de junho de 2023
  • Assunto: O impacto da inteligência artificial (IA) no ensino, seus desafios e as possibilidades que a integração tecnológica traz para a educação.

Resumo

O documentário "AI and the Future of Education" explora como a IA e outras tecnologias emergentes estão remodelando a educação. Ele discute a necessidade de adaptação dos métodos de ensino tradicionais diante das exigências do mercado de trabalho contemporâneo e futuro. Além disso, destaca o papel fundamental das competências socioemocionais e da literacia digital, indo além da mera utilização de ferramentas tecnológicas. Também são levantados desafios cruciais, como o acesso desigual às tecnologias, os impactos da dependência digital e as implicações sociais da automatização no ensino.

Análise Crítica

O documentário se destaca pela clareza na exposição dos temas e pela conexão entre o passado, o presente e o futuro da educação. Ele apresenta um panorama equilibrado, contrapondo visões otimistas e preocupações legítimas sobre o uso da IA no ensino. O material é enriquecido com análises interdisciplinares e projeções sobre as transformações no aprendizado, tornando-o um ponto de partida relevante para o debate sobre o futuro da educação.

Por outro lado, o documentário não aprofunda algumas questões fundamentais, como os impactos éticos e institucionais da implementação da IA na educação. Além disso, a falta de dados concretos sobre desigualdade digital e a ausência de soluções mais detalhadas para questões como dependência tecnológica e estagnação criativa são pontos que poderiam ter sido melhor explorados.

Considerações Finais

"AI and the Future of Education" é um documentário instigante, que convida à reflexão sobre o papel da tecnologia na transformação educacional. Ele aponta tendências e desafios relevantes, mas deixa lacunas em algumas discussões essenciais. Ainda assim, sua proposta é clara: a tecnologia deve ser um complemento à educação, e não um substituto da interação humana. O material reforça a importância de equilibrar inovação e acessibilidade, garantindo que o avanço tecnológico contribua para um ensino mais inclusivo, crítico e sustentável.

Referências Bibliográficas

  • Bates, A. W. (Tony). (2017). Educar na era digital: Design, ensino e aprendizagem. Recuperado de ABED.
  • Montesano, A. (2020). AI and the Future of Education (Full Documentary) [Vídeo]. Plástico Film. Disponível em YouTube.

Trabalho de grupo 


Atividade 2: Teorias de EAD - Confronto de perspetivas

 Atividade em pequeno grupo (Etapa 1) seguida de debate na turma (Etapa 2)

  proc Objetivos e Competências 


  • Conhecer e caracterizar as principais teorias pedagógicas de ensino a distância 
  •  Analisar os conceitos específicos de cada uma delas
  • Comparar princípios e conceitos de diferentes teorias de EaD
  • Dar continuidade à construção da Bibliografia Anotada
  • Elaborar possíveis questões a incluir no Guião de Entrevista sobre EaD
  • Descrição da Atividade
                                 Peters vs Moore

Teoria da Industrialização da Educação a Distância (Otto Peters) vs. Teoria da Distância Transacional (Michael Moore): Duas Perspetivas Complementares sobre a Educação a Distância

A Educação a Distância (EaD) tem sido analisada por vários especialistas ao longo dos anos. Entre as principais abordagens, destacam-se a Teoria da Industrialização da Educação a Distância (TIE), de Otto Peters, e a Teoria da Distância Transacional (TDT), de Michael Moore. Enquanto Peters vê a EaD como um sistema de ensino em larga escala, semelhante aos processos industriais, Moore foca na interação entre alunos, professores e conteúdos. Apesar de distintas, estas teorias complementam-se e ajudam a compreender os desafios e as potencialidades da EaD.

A visão industrial de Otto Peters

Otto Peters compara a EaD com a produção industrial, argumentando que esta modalidade de ensino é caracterizada pela padronização, divisão do trabalho, mecanização e ensino em massa. Segundo ele, assim como a industrialização modernizou a produção de bens, a EaD modernizou a disseminação do conhecimento, tornando-a mais eficiente e acessível.

As principais características desta abordagem incluem:

  • Planeamento e organização sistemática do ensino
  • Uso de materiais padronizados (vídeo-aulas, manuais, exercícios)
  • Automatização e controlo dos processos educativos
  • Papel do professor mais direcionado para a produção de conteúdos do que para a interação direta com os alunos

A grande vantagem deste modelo é a capacidade de democratizar o ensino, proporcionando oportunidades de aprendizagem a um número alargado de estudantes. No entanto, críticos apontam que a padronização pode levar ao isolamento dos alunos e à falta de aprendizagem colaborativa.

A perspetiva interativa de Michael Moore

Diferente da abordagem industrial de Peters, Michael Moore desenvolveu a Teoria da Distância Transacional (TDT), que analisa a interação entre aluno, professor e conteúdo. Para Moore, a distância na EaD não se limita à separação física, mas envolve também fatores psicológicos e comunicacionais.

A distância transacional é definida por três elementos principais:

  1. Diálogo: Quanto maior for a interação entre aluno e professor, menor será a distância transacional. Ambientes interativos reduzem essa barreira.
  2. Estrutura: Cursos demasiado rígidos e inflexíveis aumentam a distância transacional. Programas mais adaptáveis garantem uma melhor experiência de aprendizagem.
  3. Autonomia: Quanto maior a autonomia do aluno para definir o seu ritmo e percurso de aprendizagem, menor será a sensação de afastamento.

Para Moore, a EaD deve encontrar um equilíbrio entre estes três fatores para garantir que os estudantes tenham um ensino mais personalizado e envolvente. Diferente da abordagem de Peters, que prioriza a eficiência, Moore propõe um modelo mais humano e flexível, que valoriza a participação ativa dos alunos.

Comparação entre as teorias

Aspeto Otto Peters (TIE) Michael Moore (TDT)
Foco principal Eficiência e ensino em massa Personalização e interação
Papel do professor Criador e organizador dos conteúdos Facilitador da aprendizagem
Papel do aluno Recetor do conhecimento Participante ativo e autónomo
Uso da tecnologia Ferramenta para ampliar o acesso à educação Meio para promover a interação e o diálogo
Controlo e flexibilidade Ensino estruturado e padronizado Ensino flexível e adaptado às necessidades dos alunos

Conclusão: Uma abordagem equilibrada para a EaD

As teorias de Peters e Moore não são opostas, mas complementares. Enquanto Peters destaca a importância da organização e eficiência, Moore reforça a necessidade de diálogo e personalização.

Para um modelo de EaD eficaz, é essencial equilibrar estas abordagens: usar a estrutura e a escalabilidade da teoria de Peters para tornar a educação acessível a mais pessoas, sem negligenciar os aspetos humanos e interativos destacados por Moore. O desafio atual das instituições de ensino à distância é encontrar um meio-termo entre eficiência e conexão humana, garantindo um ensino inovador, inclusivo e centrado no estudante.

Aqui está um fluxograma comparando a Teoria da Industrialização da Educação a Distância (TIE), de Otto Peters, e a Teoria da Distância Transacional (TDT), de Michael Moore.


Fluxograma sobre EaD
fluxograma comparando a Teoria da Industrialização da Educação a Distância (TIE)