segunda-feira, 25 de agosto de 2025

🔐 Ethics and privacy

Metaversos na Educação

Metaversos na Educação

Potencial, limites e cuidados

Publicado em 31 de julho de 2023 • por Romero Tori

Desde os anos 2000, com o impacto do Second Life, a utilização de metaversos na educação tem sido objeto de reflexão. Esse entusiasmo arrefeceu na década seguinte, mas ressurgiu com intensidade nos anos 2020, impulsionado pelo amadurecimento da inteligência artificial, da realidade virtual, pela proliferação das redes sociais e pelo uso massivo dos smartphones — sinais de que o metaverso poderá configurar uma nova geração de redes sociais.

Contudo, este retorno traz também:

  • Desinformação;
  • Ambiguidades conceituais;
  • Promessas não fundamentadas.

Nesse sentido, é urgente clarificar as terminologias e avaliar as potencialidades educativas dos metaversos com base no conhecimento científico-académico. Este estudo recupera princípios de mídias baseadas em ambientes virtuais imersivos e multiutilizadores, discutindo criticamente possibilidades, limites e as precauções necessárias para a sua implementação em contextos educativos.

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Desafios: ética, privacidade, equidade, inclusão e proteção de dados de jovens
Ética e privacidade; equidade e acesso; inclusão; risco de ampliar desigualdades; proteção de dados de crianças e jovens.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Módulo IV. Mediador EFA

Avaliação de Conhecimentos — Tema 1

Módulo I. Contextualização dos Cursos de EFA

Enunciado: Com base nos objetivos que constam no Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), fundamente a sua opinião.

Apesar de Portugal ter dado passos importantes na qualificação da sua população, continuamos com um atraso estrutural em relação a outros países europeus. [...]

Conclusão

O SNQ constitui uma estratégia estruturante e indispensável. Permite alinhar Portugal com padrões europeus, reforçar qualificações relevantes e criar melhores condições de vida para os cidadãos. A sua eficácia depende da articulação prática das medidas, mas representa um compromisso com o futuro do país.

Avaliação de Conhecimentos — Tema 2

Módulo II. Enquadramento dos Cursos EFA

Enunciado: Explique o Desenho do Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário (2006) segundo a figura apresentada.

No desenho do Referencial de Competências-Chave, o centro da figura é ocupado pelo “Adulto em situações de vida”. [...]

Conclusão

A análise confirma a pertinência do modelo, ao colocar o adulto no centro e articular áreas de conhecimento, competências técnicas e valores sociais. É um dispositivo coerente com a realidade portuguesa, assegurando percursos úteis, relevantes e alinhados com a sociedade do conhecimento.

Avaliação de Conhecimentos — Tema 3

Módulo III. Características dos Cursos EFA

Enunciado: Em que consistem os referenciais de competências-chave de educação e formação de adultos, quais os seus objetivos e a quem se destinam?

Os Referenciais de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos (RCC-EFA) são instrumentos normativos e pedagógicos [...].

Conclusão

Os RCC-EFA representam um quadro integrador que valoriza a experiência de vida e reconhece a pluralidade de saberes. A investigação mostra que reduzem desigualdades, reforçam cidadania e empregabilidade, sendo um dispositivo estratégico para uma aprendizagem inclusiva e transformadora.

Avaliação de Conhecimentos — Tema 4

Módulo IV. O Mediador EFA

O mediador EFA atua como facilitador e orientador do processo formativo, garantindo a valorização da experiência e o acompanhamento pedagógico do adulto. Para ilustrar esta função, foram produzidos dois trabalhos:

Trabalho 1 — Portefólio Reflexivo de Aprendizagem (PRA)

Documento que organiza a história de vida, as aprendizagens e as evidências do formando, constituindo um instrumento reflexivo de validação e certificação.

📄 Ver PDF completo — Guião PRA

Trabalho 2 — Guia de Utilização do PRA (Formadores)

Guia pedagógico que orienta mediadores e formadores na utilização do PRA, estimulando a autorreflexão, a autonomia e a validação estruturada das competências.

📄 Ver PDF completo — Guia para Formadores

Conclusão

A articulação entre o PRA e o papel do mediador EFA mostra que o processo é mais do que administrativo: é pedagógico e transformador. O adulto é reconhecido como protagonista da aprendizagem, enquanto o mediador assegura coerência, motivação e valorização de experiências, criando percursos que conciliam certificação e identidade pessoal.

Módulo III – Características dos Cursos EFA

Avaliação de Conhecimentos — Tema 3

Módulo III. Características dos Cursos EFA

Enunciado

Em que consistem os referenciais de competências-chave de educação e formação de adultos, quais os seus objetivos e a quem se destinam?

Resposta — Pergunta 1

Os Referenciais de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos (RCC-EFA) são instrumentos normativos e pedagógicos concebidos para enquadrar, de forma coerente e sistemática, os processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) e a estrutura curricular dos Cursos de Educação e Formação de Adultos.

A sua origem inscreve-se na necessidade de combater a subcertificação escolar e a baixa qualificação da população adulta em Portugal, historicamente identificada como um dos principais entraves ao desenvolvimento económico, social e cultural do país. Estão alinhados com políticas e recomendações nacionais e europeias, nomeadamente a Declaração de Copenhaga (2002) e a Recomendação do Conselho da União Europeia sobre as Competências Essenciais para a Aprendizagem ao Longo da Vida (2006, atualizada em 2018).

Em que consistem

Na sua essência, os RCC-EFA constituem-se como quadros de referência que:

  • Definem áreas de competências-chave fundamentais para integração social, cidadania ativa e desempenho profissional qualificado;
  • Organizam unidades de competência com critérios de evidência, permitindo avaliar aprendizagens adquiridas ao longo da vida;
  • Servem como base curricular para percursos de formação flexíveis, adaptados ao perfil de cada adulto;
  • Integram saberes escolares e experienciais, reconhecendo conhecimentos académicos e adquiridos pela experiência.

Áreas de Competências

Nível Básico (B1, B2, B3):

  • Cultura, Língua e Comunicação (CLC)
  • Competência Digital (CD)
  • Matemática, Ciências e Tecnologia (MCT)
  • Cidadania e Empregabilidade (CE)
  • Competências Pessoais, Sociais e de Aprendizagem (CPSA — transversal)

Nível Secundário:

  • Cidadania e Profissionalidade (CP — transversal e integradora)
  • Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC)
  • Cultura, Língua e Comunicação (CLC)

Objetivos

a) Reconhecimento e valorização de aprendizagens prévias — Permitir o reconhecimento formal de competências adquiridas em contextos diversificados.

b) Estruturação de percursos formativos personalizados — Criar percursos ajustados às necessidades e ritmos de aprendizagem de cada adulto.

c) Promoção de desenvolvimento pessoal, social e profissional — Estimular pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração e adaptabilidade.

Destinatários

Os RCC-EFA destinam-se a adultos (≥18 anos) que:

  • Não concluíram o ensino básico ou secundário e procuram certificação escolar;
  • Têm experiência de vida e trabalho que pode ser validada como equivalente a qualificações formais;
  • Estão empregados, desempregados ou em reconversão profissional;
  • Apresentam baixos níveis de literacia e numeracia, encontrando no nível B1 uma primeira etapa de reintegração qualificante.

Dimensão humanista e científica

Os RCC-EFA integram uma perspetiva humanista e construtivista, reconhecendo a história de vida do adulto e promovendo o empoderamento, a reflexão crítica e a construção de projetos pessoais e profissionais com sentido. Apoiam-se em evidência científica sobre aprendizagem experiencial (Kolb, 1984) e validação de aprendizagens não formais e informais como fator de inclusão e empregabilidade (Cedefop, 2015).

Conclusão

Os referenciais de competências-chave para a Educação e Formação de Adultos representam mais do que um instrumento técnico: são um quadro integrador que valoriza a experiência de vida, promove percursos personalizados e reconhece a pluralidade de saberes. A investigação demonstra que, quando bem aplicados, contribuem para reduzir desigualdades de qualificação, reforçar a cidadania e melhorar a empregabilidade. Assim, os RCC-EFA afirmam-se como um dispositivo estratégico para uma aprendizagem ao longo da vida que é simultaneamente inclusiva, transformadora e alinhada com os desafios sociais e económicos do século XXI.

Bibliografia

  • ANQEP, I.P. (2020). Referencial de Competências-Chave de Educação e Formação de Adultos – Nível Básico. Lisboa: ANQEP.
  • Direcção-Geral de Formação Vocacional (2006). Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário. Lisboa: DGFV.
  • Direcção-Geral de Formação Vocacional (2006). Guia de Operacionalização do Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário. Lisboa: DGFV.
  • Comissão Europeia (2018). Recomendação do Conselho sobre as Competências Essenciais para a Aprendizagem ao Longo da Vida. JOUE C 189 de 4.6.2018.
  • Cedefop (2015). European guidelines for validating non-formal and informal learning. Luxembourg: Publications Office of the European Union.
  • Kolb, D. A. (1984). Experiential Learning: Experience as the Source of Learning and Development. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall.

Módulo II – Enquadramento dos Cursos EFA

Avaliação de Conhecimentos — Tema 2

Módulo II. Enquadramento dos Cursos EFA

Enunciado

Explique o Desenho do Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário (2006) segundo a figura apresentada.


Fonte: Adaptado do Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário (2006)

Resposta — Pergunta 1

No desenho do Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário (2006), o centro da figura é ocupado pelo “Adulto em situações de vida”, simbolizando que a formação parte sempre das experiências, necessidades e contextos reais do formando adulto.

A partir deste núcleo central, desenvolvem-se três áreas operatórias:

  • Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC) – abrange saberes científicos, tecnológicos e sociais, promovendo pensamento crítico e aplicação prática no quotidiano e no trabalho.
  • Cultura, Língua e Comunicação (CLC) – desenvolve competências de comunicação oral e escrita, literacia digital e capacidade de interpretar e produzir informação em diferentes contextos.
  • Formação Tecnológica (FT) – orientada para a aquisição de competências técnicas específicas relacionadas com um perfil profissional de saída, articulando a formação de base com a qualificação profissional.

A Língua Estrangeira surge como elemento transversal complementar, ligada a todas as áreas, reforçando a comunicação intercultural e a mobilidade.

A envolver todo o esquema, a Cidadania e Profissionalidade atua como dimensão transversal que integra valores, atitudes e comportamentos de cidadania ativa, ética e responsabilidade social, aplicáveis à vida pessoal, social e profissional.

O modelo evidencia que as áreas estão interligadas, promovendo aprendizagens integradas e contextualizadas. Esta abordagem operacionaliza os princípios da aprendizagem ao longo da vida e da dupla certificação, no quadro do Sistema Nacional de Qualificações.

Conclusão

A análise do enquadramento dos Cursos EFA confirma que a centralidade do adulto, associada à articulação entre dimensões operatórias e transversais, constitui uma resposta pedagógica ajustada às exigências de uma sociedade em transformação. A investigação evidencia que este modelo potencia não apenas a qualificação académica e profissional, mas também a valorização pessoal e social dos formandos, promovendo aprendizagens significativas ao longo da vida. Assim, os Cursos EFA afirmam-se como um dispositivo estratégico de inclusão, inovação e desenvolvimento sustentável no contexto português.

Bibliografia

  • Gomes, Maria do Carmo (coord.) (2006). Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário: Guia de operacionalização. Lisboa: Direção-Geral de Formação Vocacional.
  • Rodrigues, Sandra Pratas (2009). Guia de Operacionalização de Cursos de Educação e Formação de Adultos. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, I.P.

Atividade 1- Módulo I. Contextualização dos Cursos de EFA

Avaliação de Conhecimentos — Tema 1

Módulo I. Contextualização dos Cursos de EFA

Enunciado.

Apesar dos progressos realizados, a realidade nacional e os ritmos de evolução em matéria de qualificações continuam muito longe dos níveis dos países mais desenvolvidos, não assegurando ao país as condições necessárias ao seu desenvolvimento, no contexto de uma economia global cada vez mais baseada no conhecimento.

Tornou-se, pois, essencial encontrar soluções inovadoras no plano dos objetivos, nos modos de organização e nos meios utilizados, para superar as dificuldades e conseguir aumentar rápida e sustentadamente as competências dos portugueses e os seus níveis de qualificação.

Com base nos objetivos que constam no Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) fundamente a sua opinião.

Resposta — Pergunta 1

Apesar de Portugal ter dado passos importantes na qualificação da sua população, continuamos com um atraso estrutural em relação a outros países europeus. Este défice não é apenas um número nas estatísticas — significa menos oportunidades para as pessoas, menor competitividade para as empresas e mais dificuldade em acompanhar as exigências de um mundo onde o conhecimento e a inovação ditam o ritmo.

O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) foi criado precisamente para mudar este cenário. É uma estrutura que junta diferentes entidades, ferramentas e modalidades de formação com um objetivo claro: aumentar o nível de escolaridade e qualificação dos portugueses, de forma coerente e alinhada com o Quadro Europeu de Qualificações.

O SNQ aposta em soluções concretas e práticas, como:

  • Dupla certificação, para que as pessoas saiam dos percursos formativos com um diploma escolar e uma certificação profissional;
  • Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), que valoriza tudo o que já se aprendeu ao longo da vida, mesmo fora da escola;
  • Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), sempre atualizado para corresponder ao que o mercado de trabalho realmente precisa;
  • Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que organiza os níveis de qualificação e garante que têm valor e reconhecimento em toda a Europa;
  • Ferramentas como o Passaporte Qualifica e o Sistema Nacional de Créditos, que dão flexibilidade e permitem avançar na aprendizagem de forma mais adaptada a cada pessoa.

Estas medidas não ficam no papel: contam com o trabalho articulado de várias entidades, como a ANQEP, os Centros Qualifica, a DGERT e o IEFP, para garantir que tudo funciona na prática.

No fundo, o SNQ não é só uma estratégia educativa — é um compromisso com o futuro. É criar condições para que mais portugueses tenham qualificações relevantes, que lhes abram portas no mercado de trabalho, melhorem a sua vida e, ao mesmo tempo, fortaleçam o desenvolvimento económico e social do país.

Assim, considero que os objetivos do SNQ são não só adequados como indispensáveis, pois respondem de forma estruturada e integrada às fragilidades do país em matéria de qualificações, aproximando-nos dos padrões europeus e preparando-nos para os desafios de uma economia baseada no conhecimento.

Conclusão.

Em síntese, o SNQ é o instrumento certo para recuperar o atraso qualificacional do país. Ao articular dupla certificação, RVCC, CNQ e QNQ, orienta a oferta para necessidades reais e cria percursos flexíveis e cumulativos. Persistem desafios — atualização ágil do CNQ, cobertura dos Centros Qualifica e monitorização de resultados — mas o enquadramento é adequado e necessário para uma economia assente no conhecimento e para melhores trajetórias de vida.